O desafio atual dos profissionais de Saúde passa pela consciencialização do aumento da morbilidade associada quer ao aumento da esperança de vida quer ao aumento do número e gravidade das sequelas decorrentes de acidentes.

A diminuição da mobilidade é uma sequela recorrente, quer em situações de natureza aguda, quer nas de natureza crónica, e traz associada a figura da “Úlcera de Pressão”. Segundo Anthony e colegas (2009), e no que diz respeito unicamente à população idosa, existe uma prevalência de cerca de 28% desta população que se encontra sob os cuidados dos profissionais de Saúde.

Segundo a EPUAP: “Uma úlcera de pressão é uma lesão localizada, da pele e/ou tecido subjacente, normalmente sobre uma proeminência óssea, em resultado da pressão ou de uma combinação entre esta e forças de torção. Às úlceras de pressão também estão associados fatores contribuinte e de confusão, cujo papel ainda não se encontra totalmente esclarecido.” (EPUAP, 2009). É uma lesão que pode ocorrer num curto período de tempo e demorar um longo período de tempo a cicatrizar, sendo que surgem, com alguma frequência, complicações que a levam a ser classificada como uma ferida de difícil cicatrização. “As úlceras de pressão são um problema grave que podem agravar e, inclusive, conduzir à morte…” (Torra i Bou er all, 2008).  É uma situação que altera a qualidade de vida da pessoa com ferida e dos que lhes são mais próximos. “O seu tratamento requer um importante consumo de recursos humanos, materiais e assistências e têm uma repercussão na qualidade de vida daqueles que delas sofrem, assim como, dos seus familiares, sem referir as possíveis implicações legais que podem originar.” (Torra i Bou er all, 2008).

Sabendo que cerca de 95% das úlceras de pressão são evitáveis, e que com isso diminuímos, de forma significativa, os custos associados ao seu tratamento e o sofrimento das pessoas, a prevenção e o tratamento dos problemas cutâneos relacionados com a incontinência serão fundamentais, dentro do amplo leque de intervenções inseridas na abordagem global da pessoa (Torra e Bou er all, 2008).

As Úlceras de Pressão são um, grave problema de saúde, que trazem grandes custos financeiros, sociais, familiares e físicos. A evidência científica traz-nos conhecimentos que permitem que 95% dessas feridas possam ser evitadas. Para isso, é imperioso que haja políticas institucionais que fomentem práticas baseadas em evidência e que se dirijam, essencialmente, para a prevenção. Quando a prevenção falha é, também, vital que o tratamento das Úlceras de Pressão seja alicerçado por premissas que consigam diminuir o impacto negativo associado (dor, sofrimento, infeção, morte).

A formação dos profissionais é de vital importância para que sejam alcançados os objetivos pretendidos: cuidados de excelência.






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